Por: Carlos Lima (*Arquivista)
Em uma ação que teve como objetivo possibilitar a transferência de conhecimento entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Guardião da Memória Regional, o Arquivo Público Municipal, 6 servidores de Paracatu deslocaram-se até a capital mineira no período de 31 de janeiro a 3 de fevereiro para uma oportuna capacitação técnica.
Graças ao respaldo da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, órgão vinculado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais e voltado à qualificação de pessoal que interage direta ou indiretamente com as rotinas de competência daquela corte jurídica, foi possível capacitar os servidores lotados do Arquivo Público de Paracatu no que se refere aos conceitos e práticas adotados na preservação de documentos em suporte papel.
As tratativas para que o acesso e a capacitação dos servidores municipais acontecessem junto ao gigantesco acervo judicial – milhões de processos estão arquivados no local! – surgiram durante a visita técnica realizada pela Coordenadora de Arquivos Permanentes, Sra. Sônia Santos e a Supervisora Administrativa Hanna Fedra no Arquivo Público de Paracatu durante o mês de novembro último, ocasião em que a chefe deste estabelecimento arquivístico, Hanah Rhiney, pleiteou sobre a possibilidade da qualificação técnica junto à instituição naquela ocasião representada pelas ilustres visitantes.
Nas dependências mantidas pelo Tribunal de Justiça na cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, além da troca de experiência com prepostos da COARPE (Coordenação de Arquivo Permanente) e da GEARQ (Gerência de Arquivo e Tratamento da Informação Documental), os participantes Carlos Lima, Ceni Cunha, Hanah Rhiney, Igor Faria (Diretor-Presidente da Casa de Cultura de Paracatu), Jane Chagas, Márcia Melo e Maria Joana foram contemplados com aulas teóricas e oficinas de higienização, restauro e acondicionamento de documentos ministradas pelas estagiárias Thalita Braga e Thais Anyelle, ambas da graduação em Conservação e Restauro de Bens Culturais da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), sob a supervisão técnica da conservadora Hanna Fedra.
Durante o encerramento das aulas promovidas pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, estiveram também presentes o Diretor Executivo da Gerência de Arquivos (GEARQ), Sr. Fernando Rosa e o Juiz Auxiliar da Segunda Vice-Presidência, Meritíssimo Carlos Márcio de Souza Macedo, que enfatizou a relevância do acervos da Justiça Comum como repositórios da memória social bem como sobre as vantagens da capacitação concedida aos servidores públicos que corriqueiramente interagem com processos históricos da Comarca de Paracatu.
A imersão realizada pelos servidores do Arquivo Público de Paracatu juntos aos volumosos arquivos do Tribunal de Justiça na semana passada na região metropolitana de Belo Horizonte garantiu o embasamento teórico e relativamente prático para que eles possam iniciar as suas primeiras intervenções no que tange à minuciosa e delicada arte de restaurar documentos em suporte papel relacionados à história de Minas Gerais, mais especificamente sobre os tempos pretéritos de Paracatu
(*) Carlos Lima é graduado em Arquivologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), é Pós-Graduado em Oracle, Java e Gerência de Projeto e é pesquisador da história e da cultura de Paracatu.
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